A comunicação oral é uma das principais características da sociedade humana. Para que ela ocorra de forma completa é necessário que alguém fale e o outro escute corretamente.
Achar que somente somos de serventia para a sociedade quando estamos produzindo, leva muitos indivíduos a evitarem de ir regularmente aos médicos para fazer um check-up rotineiro de suas funções corporais. Uma das especialidades mais esquecidas no dia a dia das pessoas é o otorrino. São poucas as pessoas que realizam audiometria regularmente e assim não sabem a qualidade de sua audição.
Ainda é desconhecido pela maioria a existência de graus de audição e de perda auditiva. E menos ainda quais são esses graus, por isso agora vamos conversar um pouquinho sobre esses tipos e níveis de comprometimento auditivo.
Antes de mais nada, não existe uma medida em percentual de perda e a mesma pode ter causas variadas.
Por tipo de perdas podemos classificar:
Condutiva: como o nome sugere, são questões que surgem na condução do som da orelha externa até o ouvido médio. São causas muitas vezes reversíveis com auxílio de medicamentos, cirurgias e aparelhos auditivos.
Sensório neural: neste caso o problema se encontra na recepção do som, seja na orelha interna ou no nervo auditivo. Pode ser má formação das células responsáveis, doenças pré-natais, como rubéola, ou causadas por doenças posteriores como encefalite. Nesses casos a perda auditiva é irreversível.
Mista: quando há uma mistura dos dois casos anteriores.
As perdas auditivas podem acontecer de forma total, mas também de maneira parcial e assim, pode ser medida em grau de perda. Além disso varia também o entendimento dos sons e não somente sua altura. Porém para que exista uma classificação com que se possa trabalhar e chegar a diagnósticos e tratamentos temos a perda auditiva classificada em graus. Vamos a eles.
Uma audição considerada normal: limiares auditivos entre 0 e 24dB
Deficiência leve: limiares entre 25 e 40dB
Deficiência moderada: limiares entre 41 e 70dB
Deficiência severa: limiares entre 71 e 90dB
Deficiência profunda: limiares acima de 90dB
Para se chegar nesse diagnóstico é preciso passar por exames de audiometria. Entretanto, muitas pessoas passam anos sem realizá-lo. Desta forma, quando chegam até o médico uma alteração que poderia ser leve no exame, já está mais aguda, e com maiores dificuldades no tratamento.
Com tudo exposto concluímos mais uma vez que é necessário colocar em sua rotina de exames anuais a audiometria.
Afinal de contas, sua audição alterada e sem tratamento poderá afetar sua segurança ao andar nas ruas, sua vida social e profissional.
Comments