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Surdez e Autismo: existe relação entre eles?

A identificação precoce do problema é o melhor para a qualidade de vida da criança.



Em torno do primeiro ano de vida, os bebês começam a falar as suas primeiras palavras. Quando não acontece é um fator de preocupação para os pais.O atraso na fala e a falta de reação a estímulos sonoros são características do autismo e da surdez.


O que é autismo?

O nome técnico oficial é Transtorno do Espectro Autista (TEA), trata-se de uma condição de saúde caracterizada por problemas na comunicação social e no comportamento. Desse modo, há vários tipos e subtipos do transtorno.

Por ser tão abrangente o termo “espectro” é utilizado, visto que são vários os níveis de acompanhamento necessários, há pessoas com outras enfermidades e condições associadas e pessoas que são independentes e que levam uma vida completamente comum. Alguns nem sabem que são autistas.

Estima-se que há 70 milhões de autistas no mundo, sendo 2 milhões deles no Brasil. Para que se tenha dados mais precisos sobre esses números, em 2019, o Governo sancionou a Lei 13.861/2019, que inclui dados específicos sobre autismo no censo do IBGE.

O termo “Transtorno do Espectro Autista” passou a ser usado a partir de 2013, na nova versão do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, quando reuniu 4 diagnósticos sob o código 299.00 para TEA, a saber:

  • Autismo;

  • Transtorno Desintegrativo da Infância;

  • Transtorno Global do Desenvolvimento sem Outra Especificação;

  • Síndrome de Asperger.

Principais sintomas desse transtorno

Os sintomas começam a surgir nos primeiros anos de vida, mas às vezes são imperceptíveis para os pais

É preciso ficar atento quando a criança:

  • não interage durante a amamentação;

  • não olha nos olhos das pessoas;

  • tenha dificuldade para interagir com outras pessoas;

  • não atende quando chamada pelo nome;

  • mantém comportamentos repetitivos e sem finalidade, como separar objetos por cor ou tamanho;

  • passa horas e horas com determinado objeto fazendo o mesmo movimento, normalmente circular;

  • faz movimentos corporais repetitivos, às vezes de forma agressiva;

  • não acompanha os acontecimentos à sua volta;

  • não mantém comunicação verbal, quando querem algo ou que algo aconteça, levam a pessoa pela mão até o local.

Há uma grande dificuldade de comunicação, verbal ou não, e de interação social, alguns sintomas podem ser notados nos primeiros anos de vida e alguns podem demorar a aparecer.

À medida que a criança tem a necessidade de usar suas habilidades sociais, como na escola, outros sinais ficam mais evidentes.


Relação entre surdez e autismo. Ela existe?

Pode-se facilmente existir uma confusão visto que o atraso no desenvolvimento da fala e a falta de resposta quando a criança é chamada pelo nome, por exemplo, são sintomas tanto do transtorno do Espectro Autista quanto da perda auditiva na infância.

Então autismo e surdez não estão diretamente ligados.


Por que existe essa confusão entre o autismo e a perda auditiva?

A criança autista não é necessariamente surda, quando uma criança com TEA é chamada pelo nome a ausência de resposta pode ser pelo fato de conseguir interagir e não necessariamente por não ter ouvido. Enquanto uma criança com surdez não responde por de fato não ter ouvido.


Como diferenciar surdez na infância e TEA?

Mesmo que a criança tenha passado pela triagem auditiva neonatal, se há a suspeita de que existe a perda auditiva é necessário alguns exames para se obter o diagnóstico.

Os principais exames são:

  • Audiometria comportamental ou condicionada;

  • Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE/BERA);

  • Imitanciometria.

A criança com surdez geralmente cria formas não-verbais para se comunicarem com os pais, algo que não acontece em casos de TEA.

O que fazer diante da suspeita da surdez ou do autismo?

Quando há a suspeita tanto de autismo quanto de surdez o recomendado é que os pais procurem um otorrinolaringologista que vai examinar problemas relacionados ao ouvido, nariz, garganta e laringe, e um neuropediatra que vai avaliar o desenvolvimento infantil e maturação do sistema nervoso.

Para complementar o resultado, é fundamental contar com uma equipe composta por fonoaudiólogo, psicólogo e terapeuta ocupacional.


Um paciente pode apresentar os dois quadros?

Sim, embora surdez e autismo não tenham relação direta, é possível que uma pessoa apresente os dois transtornos. Por esse motivo é importante procurar os profissionais adequados para se obter um diagnóstico mais preciso. E quando o diagnóstico é feito precocemente existe um melhor e maior aproveitamento por conta da alta neuroplasticidade da primeira infância.

Uma criança diagnosticada com TEA com um alto grau de hipersensibilidade e irritabilidade com ruídos, pode dificultar a aceitação e adaptação de um aparelho auditivo. E nesse caso vale apostar no acompanhamento com o fonoaudiólogo.

Sendo assim, surdez e autismo não estão diretamente ligados. Mas há casos em que a pessoa apresenta os dois transtornos. É fundamental consultar um profissional logo que notar qualquer alteração no comportamento. Uma equipe especializada pode diagnosticar e conduzir o tratamento correto, promovendo uma melhor qualidade de vida para a criança.


O Centro Auditivo Estilo de Vida é especializado em audição.

Agende a sua avaliação por telefone ou whatsapp pelo numero 11 4702.6262


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